Os três ex-policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, na BR-101, em Umbaúba, no ano de 2022, foram condenados pelo júri popular, em julgamento que durou 12 dias. A sentença saiu na noite da sexta-feira, 06.
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento eram acusados por tortura e homicídio triplamente qualificado, porém, o júri popular desclassificou o crime de homicídio doloso pra William e Kleber.
Eles foram condenados por tortura seguida de morte e homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Já Paulo Rodolpho foi absolvido pelo crime de tortura e condenado por homicídio triplamente qualificado.
A sentença foi a seguinte:
William Noia – responsável por abordar Genivaldo e segurar a porta da viatura após a bomba de gás lacrimogênio ter sido jogada no porta-malas, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias.
Kleber Freitas – responsável por usar spray de pimenta contra Genivaldo, por cinco vezes, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias.
Paulo Rodolpho – que chegou após a abordagem já iniciada, jogou a bomba e segurou a porta, recebeu pena de 28 anos. As defesas podem recorrer da decisão.
Os três estão presos desde 14 de outubro de 2022, e foram demitidos da PRF após determinação do Ministro da Justiça.
Em maio de 2022, Genivaldo Santos foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo, na BR-101, em Umbaúba; a ação foi filmada e o caso gerou grande revolta e repercussão, em todo país.